SELFIES com animais selvagens se tornou uma grande mania nos últimos anos - com turistas tirando fotos de tudo, de macacos a girafas.
Mas um novo vídeo que mostra uma preguiça apavorada sendo arrancada de seu ambiente para ser usada como atração turística mostra como essa prática é cruel.
Imagens investigativas mostram a preguiça se encolhendo na árvore antes de cair 30 metros no chãoImagens secretas chocantes mostram uma preguiça sequestrada perto de Iquitos, uma cidade peruana e porta de entrada para as aldeias tribais do norte da Amazônia, para ser vendida para selfies com turistas.
Na filmagem, uma árvore de 30 metros é cortada e a preguiça cai no chão antes de ser ensacada pelos madeireiros ilegais para vender em um mercado local.
O animal é posteriormente vendido no mercado de Belén, nos arredores de Iquitos, por apenas $ 13.
As preguiças capturadas por madeireiros ilegais são vendidas em mercados de animais exóticos ou de entretenimento turístico, onde são forçadas a tirar fotos com turistas.
Na filmagem, uma árvore de 30 metros é cortada para alcançar a preguiça no topoCrédito: World Animal Protection
A preguiça é vista agarrada ao topo da árvore enquanto cai no chãoCrédito: World Animal Protection
O vídeo foi divulgado pela World Animal Protection para destacar o problema de selfies de turistas com animais selvagens.
O comércio de animais selvagens como preguiças, sucuris e crocodilos jacarés aumentou à medida que aumenta a demanda por selfies da vida selvagem.
Houve um aumento de 292% desses tipos de fotos no Instagram entre 2014 e 2017.
40 por cento dessas imagens mostram selfies ruins da vida selvagem - como alguém se abraçando, segurando ou interagindo inadequadamente com um animal selvagem.
Um lenhador então arrasta a preguiça para longe da árvoreCrédito: World Animal Protection
O animal apavorado é então apontado para a câmera antes que os sequestradores o levem emboraCrédito: World Animal Protection
Esses animais são roubados da natureza - muitas vezes ilegalmente - e usados por operadores turísticos irresponsáveis que exploram a vida selvagem para entreter e fornecer oportunidades fotográficas para os turistas.
Steve McIvor, CEO da World Animal Protection, disse: Esta filmagem é extremamente angustiante.
Sabemos que os animais roubados da natureza para uso como adereços fotográficos para turistas são mantidos em condições sujas e apertadas ou repetidamente iscados com comida, causando-lhes graves traumas psicológicos.
É ridículo que isso seja para alimentar a mania de selfie da vida selvagem, que se tornou um fenômeno mundial. '
A preguiça é enfiada em um saco pelos madeireiros, que a levam para vender no mercado localCrédito: World Animal Protection
Ele continuou: Esta indústria é alimentada por turistas, muitos dos quais amam os animais e não sabem do tratamento terrível e das condições abomináveis que os animais selvagens podem suportar para fornecer aquela foto especial de lembrança.
Estima-se que 80 por cento da exportação de madeira peruana provém da extração ilegal de madeira e madeireiros, muitos dos quais buscam ganhar dinheiro adicional capturando e vendendo animais selvagens, incluindo preguiças usadas para entretenimento turístico.
O comércio de animais selvagens como preguiças, sucuris e crocodilos jacarés aumentou à medida que a demanda por selfies da vida selvagem aumentaCrédito: World Animal Protection
As preguiças de três dedos vivem em árvores de movimento lento e são facilmente capturadas por madeireiros.
A preguiça macho geralmente fica na mesma árvore por toda a vida, mas as fêmeas se movem após o parto, deixando a árvore para a prole.
Para resolver o problema, a World Animal Protection está pedindo aos governos relevantes que façam cumprir a lei e garantam que as agências de viagens e os indivíduos que exploram animais selvagens para o turismo na Amazônia cumpram as leis existentes.
A instituição de caridade também lançou um Código de Selfie da Vida Selvagem para que os turistas aprendam a tirar uma foto com animais selvagens sem alimentar a cruel indústria de entretenimento da vida selvagem.
